domingo, 1 de agosto de 2010

Sexualidade X Dominação Religiosa

Grande parte da população é enganada o tempo todo com os mitos à respeito da sexualidade. Somos influenciados pela cultura em que vivemos e neste caso a cultura desenvolve um padrão em que a sexualidade é sempre perversa, danosa ou maliciosa.


Os ensinamentos religiosos costumam pregar que sexo é pecado, mas isso não é verdadeiro, não há nada que fale sobre isso na bíblia ou em qualquer outro livro religioso. Ao contrário, o sexo é desejado e o prazer deve ser alcançado. O que torna-se pecado diante dos ensinamentos religiosos são o comportamentos morais, como mentir, roubar, matar e praticar o sexo fora do relacionamento marital. Pelo menos é isso que se tem dentro da bíblia. O restante é invenção, uma interpretação de quem deseja tornar as pessoas culpadas o tempo todo.

A cultura desenvolveu um padrão de moralidade muito estranha, em que eu falo mentiras, não realizo caridades, pratico a gula, desejo a mulher ou o marido de outra pessoa e não estou pecando.

Desde pequenos somos criados nestes conceitos e certamente desenvolvemos uma resposta sexual em acordo com nossa aprendizagem.

Mas as coisas mudam. Agora mesmo a Igreja está estudando novamente a questão do casamento dos padres. Isso não é coisa nova, na história da Igreja vários padres já foram casados, inclusive os bordeis funcionavam com autorização da própria Igreja. Em época mais remota nasceu o protestantismo, fundado pelo Padre Lutero, que deu margem ao nascimento de todas as religiões evangélicas. Lutero não concordava com o celibato dos padres, que o casamento deveria ser eterno e que Virgem Maria não era virgem .

Se a Igreja liberar o casamento dos padres, que acredito que será liberado um dia, os conceitos em relação ao sexo vão deixar de ser pecado.

É tem muita coisa que não entendemos ou que não queremos entender.

Nossa sexualidade não é complexa, mas tornamos ela um problema. E depois queremos que nossos filhos desenvolvam padrões saudáveis em suas vidas. Queremos que nossos filhos sejam felizes nos seus relacionamentos e casamentos. Mas como isso seria possível já que nós não somos? Como iremos ensiná-los algo que não sabemos? Que adiantou os movimentos de liberdade da mulher ao longo dos anos se elas ainda continuam presas a conceitos machistas?

Quem sabe um dia realmente mudaremos o padrão de educação vigente em nosso país.

A educação poderia ser o grande instrumento de um novo mundo, mas para isso será necessário uma ampla revoluão de base no sistema educacional vigente. A educação deverá assumir a natureza dinâmica da nossa sociedade, remover o medo pela aventura criativa, repelir as posiões rígidas, estáticas, fechadas e conservadoras e deverá ser centrada no aluno. Os indivíduos deverão ser estimulados para que desenvolvam as suas potencialidades, num clima de liberdade, auto-realização e consciência social.

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