segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O ponto G existe?

Sim. Pelo menos foi o que concluiu um estudo realizado por uma equipe da Universidade de L’Aquila, na Itália, e publicado em fevereiro no Journal of Sexual Medicine. Os pesquisadores, liderados pelo ginecologista Emmanuele Jannini, estudaram um grupo de 20 mulheres – 9 delas diziam já ter tido orgasmos vaginais, as outras 11 não.


Nas 9 primeiras, uma ultra-sonografia detectou um espessamento no tecido uretrovaginal (ver infográfico), imediatamente associado ao ponto G. Essa região, descrita na década de 1950, nunca havia sido visualizada com clareza. “É o fim das opiniões e o começo da ciência. Agora é possível estudar o assunto com um método muito simples”, disse Jannini, por e-mail, à SUPER. Para ele, o ponto G é uma estrutura congênita que determina a capacidade da mulher de ter orgasmos sem a estimulação do clitóris. Mas a comunidade científica é um pouco mais cautelosa. Beverly Whipple, neurofisiologista da Universidade de Rutgers, em Nova Jersey, e uma das responsáveis pelo estudo que deu o apelido à região, concorda que o ponto G existe, mas não acha que ele seja condição para o orgasmo vaginal. E mais: acredita que todas as mulheres tenham ponto G, mas que o espessamento do tecido possa ser conseqüência de estímulos sexuais mais freqüentes ou eficientes. Para tirar a dúvida, seria preciso fazer o exame antes e depois de provocar esse estímulo. “Hoje, o que podemos afirmar com certeza é que há uma área sensível na parede frontal interna da vagina que incha e produz uma sensação analgésica quando estimulada”, diz Whipple.


                                                       Direto ao ponto


Encontrar a região não garante prazer, mas não custa tentar

1. O ponto G fica a cerca de 5 cm da entrada da vagina, mais exatamente entre a vagina e a uretra.


2. Você pode sentir com o dedo: é uma protuberância meio rugosa na parte superior da vagina (como se você estivesse indo ao encontro do abdômen).


3. O tecido se assemelha ao da vulva e do pênis e é cheio de glândulas e terminações nervosas. Segundo algumas teorias, se a mulher tivesse nascido homem, essa região evoluiria para a próstata.


4. O local libera a PDES, uma enzima que, nos homens, processa o óxido nítrico e estimula a ereção.

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