As mulheres estão obcecadas em atingir a performance sexual perfeita. Mas isso pode até diminuir o prazer .
O coração acelera, a respiração se aprofunda, uma onda de calor invade o corpo, os músculos vibram e uma descarga repentina de energia faz a pessoa parecer subir alguns andares. O orgasmo feminino, de totalmente ignorado até meio século atrás, se tornou uma obsessão nos dias de hoje. São dezenas de livros, manuais, publicações dirigidas, documentários, cirurgias íntimas e medicamentos em fase de testes que representam uma resposta do mercado à ansiedade das mulheres pela performance perfeita. O problema é que ninguém sabe o que é a tal performance perfeita – nem especialistas em sexualidade, nem sequer psicólogos, muito menos ginecologistas. Até porque a sensação de prazer é pessoal e intransferível. E variável. Afinal, não é porque os sinos permaneceram mudos e as borboletas não revoaram que a relação foi ruim. Pelo contrário. Mas o fato é que o clímax sexual virou o Santo Graal da mulher contemporânea. Se há 50 anos o movimento feminista lutava pelo direito de a mulher se satisfazer na cama, hoje em dia muitas delas querem não precisar se preocupar tanto com isso. “Tanta obrigação tira toda a diversão do caminho. É importante brincar, seduzir, se divertir com o sexo”
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