sábado, 31 de julho de 2010

Seja você mesmo, mas seja original !

Nada como enxergar o mundo através de uma perspectiva diferente. Se o mundo anda muito igual, mudemos nós! Acho que li algo assim no blog da Yvonne, acompanhado de uma simpática figurinha de uma ovelha desgarrada. Então, um brinde à ovelha!


O feriado chegou ao fim. Entre os ótimos e os não tão bons momentos vividos durante esses quatro dias, aprendi uma valiosa lição: fazer as coisas sempre de um jeito único. É até gozado, mas quando pensamos em fazer algo, temos a idéia fixa de que podemos inovar, visando sempre os resultados e nunca os meios. Como seria dito na administração moderna, sendo eficaz (fins) mas não eficiente (meios). Ou seja, o resultado é mais importante do que a execução. Eu discordo. Como é possível criar uma novidade utilizando um modelo já existente?

Ontem, após quase quatro dias sem ligar a TV, peguei um romance do Woody Allen bem no início. Um clássico que nunca havia assistido. Trata-se do filme "Noivo neurótico, noiva nervosa", estrelado pelo próprio e pela bela Diane Keaton. Só a título de curiosidade, esse filme é de 1977 e lhes rendeu quatro estatuetas: melhor direção, roteiro original, filme e atriz. A cena mais fantástica deste longa, pelo menos pra mim, foi o momento em que os dois saíam de uma boate onde ela havia cantado pela primeira vez em público. Enquanto eles caminhavam até um restaurante, ele propõe a ela que dessem um beijo ali mesmo, naquele momento, sem clima, sem nada, apenas para que os dois pudessem quebrar o protocolo do "primeiro encontro perfeito" e jantarem tranqüilos, sem a necessidade do nervosismo por conta da "espera do primeiro beijo". Se pararmos para pensar, deixando todo o romantismo de lado e analisarmos friamente a idéia, aquilo foi muito inteligente da parte dele, pois tudo rolou com muito mais naturalidade após aquele momento. Pretensão dele (do personagem)? Alguns chamariam de confiança. Até para um romântico assumido como eu, aquela cena deturpa um pouco a idéia do clima romântico ideal, mas trata-se de um filme do Woody Allen, ora bolas!

Após alguma reflexão, concluí que por mais difícil que seja, existe sempre um jeito de fazer a mesma coisa de uma maneira singular, e não fazer as mesmas coisas esperando um final brilhante e inesperado. Por mais atrativo e conveniente que seja o trivial, o novo é cheio de dúvidas, incertezas e, conseqüentemente, riscos. Errando ou acertando, acredito que o importante disso tudo é saber que aquele final é original, e que ninguém trilhou tal caminho antes de você.

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