sexta-feira, 30 de julho de 2010

Combinações de casais

Gostar da água do banho pelando, enquanto ele deixa o chuveiro quase frio, pode matar suas chances de ser feliz no amor, como aconteceu com o Conquistador de nova? alma gêmea é sinônimo de casal perfeito? Afinal, os opostos se atraem ou os opostos se traem?


No que diz respeito à classificação do namoro, as leis que regem os relacionamentos amorosos são tão inflexíveis quanto aquelas que comandam as forças da natureza. Em outras palavras, um casal pode fazer parte de uma das três categorias básicas de relação, dependendo de suas semelhanças, diferenças ou complementaridades, ingredientes que são inerentes a qualquer par. Conhecer o tipo de padrão que mapeia o seu romance é importante para evitar que ele naufrague em águas turbulentas e, ao mesmo tempo, tirar partido do que esse modelo tem de melhor.



A boa notícia é que todos os perfis têm, sim, futuro, garante a psicóloga e sexóloga Maria Helena Mataraz-zo, autora de Amar É Preciso (Record). “Desde que haja disposição para dialogar e aparar as arestas, claro”, alerta. Descubra agora em qual grupo você e ele se enquadram, os pontos positivos e negativos de cada um e, o mais importante, os desafios que devem superar para permanecer em perfeita harmonia.


                                       NAMORO ESPELHO


Nesse modelo de relação, os dois amantes têm personalidade, desejos e necessidades tão parecidos que lembram gêmeos idênticos. Na certa, se conheceram no show de uma banda de rock que ambos consideram a melhor de todos os tempos e adoram o mesmo tipo de restaurante. Adriana, de 31 anos, e Daniel Ribeiro, de 28, namorados há quatro anos, se enquadram nesse padrão — compactuam desde os hobbies até os planos para o futuro. “Organizar nosso casamento tinha tudo para ser estressante. Mas, por pensarmos da mesma forma, tiramos de letra”, conta Adriana. Segundo a psicóloga Suzy Camacho, esse tipo de par costuma partilhar tudo de maneira intensa. “É como se fosse uma única personalidade.”



                                                    OS PRÓS

Por serem muito parecidos, casais desse grupo raramente brigam na hora de resolver o que fazer, como fazer, quando fazer. Com isso, poupam a relação de desgastes desnecessários — ao contrário, solidificam a união e constroem um relacionamento melhor a cada dia. Além disso, como um valida o outro, a auto-estima do casal é alta.


                                                  OS CONTRAS

O ponto fraco que você nem gosta de lembrar que tem (é pão-duro? Mandona? Insegura?) estará estampado nele — e o risco é transferir para o namorado o incômodo que na verdade diz respeito a você. Pode acontecer, ainda, de ambos terem os mesmos defeitos e brigarem sem que consigam enxergar a situação por outro ângulo para encontrar uma saída. Qualidades em comum também podem gerar conflito. Por exemplo, se é extrovertida e sempre quer ser a dona da cena, pode se irritar caso ele queira disputar os holofotes. “Isso tende a virar uma competição


                                             PARA DAR CERTO

A chave para não projetar os próprios problemas de personalidade no outro é se conhecer cada vez melhor  Faça um exame de consciência e assuma que você é humana (portanto, tem defeitos. Sabe quais são?). Já se não conseguem chegar a um acordo com relação a uma questão específica do namoro, peça ajuda a quem está de fora: a família, os amigos. Mas atenção! A decisão é responsabilidade sua. Por fim, para não deixar que a competição seja a tônica do seu relacionamento, retome valores básicos da convivência a dois. Manter o respeito e a consideração é mais importante do que satisfazer o capricho de provar que é melhor que e melhor que ele .

                                                                 PAIXÃO INVERTIDA


Seu amor adora acordar cedo no fim de semana, mas não consegue tirá-la da cama antes do meio-dia. O bonitão só toma banho frio, você insiste em deixar a água quentinha. Claudia Dias, de 31 anos, e César, de 33, casados há quatro meses, são o extremo oposto um do outro. Ela adora teatro, ele prefere futebol, e por aí vai. Mesmo assim, se apaixonaram de cara. De acordo com a psicóloga Luisa, as características opostas é justamente o que os une. “Nessas relações, nos sentimos atraídas pelos predicados que não temos”, ensina. César concorda: “Como sou desorganizado, gosto de ter quem me ajude a manter a ordem”.



                                             OS PRÓS

A convivência com alguém de opiniões e gostos diferentes vira um eterno aprendizado. Além disso, há sempre a sensação de novidade, já que o mundo dele é completamente diferente do seu. “Antes, eu não entendia nada de futebol”, lembra Claudia. “Hoje, até vou ao estádio e, confesso, me divirto.”



                                               OS CONTRAS

Há obstáculos a ser superados, como as possíveis brigas na hora de tomar decisões. “Sem falar no risco de querer moldar o namorado do seu jeito”, alerta Suzy Camacho. Importante: na maioria dos casos, essa é uma luta inglória. “Ninguém muda na essência. O que pode ocorrer é ambos aprenderem a ficar em sintonia apesar das diferenças”, continua Suzy.



                                                   PARA DAR CERTO

Vocês precisam se esforçar para chegar a um consenso sem que ninguém perca a personalidade no meio do caminho. “Para isso, é preciso tolerância. O que, em outras palavras, significa aceitar, sem esquecer as próprias vontades”, ensina Mariana Maldonado, co-autora de Palavra de Mulher — Histórias de Amor e de Sexo (Integrare). Tente satisfazer um desejo dele mesmo que a proposta não agrade de cara. “Quando fizer um programa de que só ele gosta, procure se concentrar no que a diverte em vez de focar no que a incomoda”, sugere Suzy. Com Claudia, essa tática é tiro e queda. “Levo amigas junto e tento aproveitar a noite. No fim das contas, o que importa é estar com ele.”




                                       ROMANCE QUEBRA-CABEÇA


Você e o gato se comportam como peças complementares. Você é boa de garfo, ele adora se aventurar na cozinha. Você é carente, ele é cheio de amor para dar. Em última análise, sozinhos parecem quase uma peça solta. “Esse relacionamento tende a ser harmônico, pois um preenche as faltas do outro”, afirma Luisa. Diferentemente do casal paixão invertida, que costuma brigar por desigualdades, aqui são justamente elas que os fazem conviver bem. “Quando um é tranqüilo e o outro mais inflamável, estar junto faz com que ambos aprendam a encontrar um meio-termo”, explica Suzy. É o caso de Débora, de 19 anos, que namora há dois anos Paulo, também de 19. “O fato de ele ser calmo tem me ensinado a não explodir com tanta freqüência”, confidencia ela.



                                            OS PRÓS

Como acontece em uma equipe esportiva, cada um trabalha numa posição e juntos se tornam mais fortes. “O resultado é gratidão, cumplicidade e admiração”, diz Luisa. Fatores que têm sido decisivos no sucesso do relacionamento dos recém-casados Luciana, de 25 anos, e Wladimir, de 34 anose. “A gente se dá bem. Faço a comida enquanto ele lava a louça. Ponho a roupa na máquina e ele estende”, conta Luciana.



                                            OS CONTRAS

Uma das consequências da má administração dessa relação tampa-e-panela é a dependência. Situação com a qual Débora e Paulo tiveram de lidar. “A certa altura, era tão necessário ficarmos juntos que ele até encerrou mais cedo uma viagem por sentir minha falta”, lembra. Luisa diz que estabelecer papéis fixos para cada um impede que cresçam.




                                          PARA DAR CERTO

O desafio é não deixar que essa completude vire obrigação de suprir as falhas de seu amor. Que tal tentar desenvolver as qualidades que admira nele, e vice-versa? Olhá-lo como modelo fará você sair do papel de bengala. Já a saída contra a dependência é ter em mente que existe a sua vida, a dele e a dos dois. “Preservando os espaços individuais, não há como um sufocar o outro”, conclui Mariana.



                                       A chave do enigma


Talvez vocês ainda não tenham conseguido descobrir que tipo de casal formam. Se assim for, é porque ainda não se conhecem bem. Para facilitar a descoberta, a terapeuta americana Linda Georgian, autora de Como Atrair Seu Parceiro Ideal (Record), propõe responder às questões abaixo e confrontar as respostas:



                                CARACTERÍSTICAS EMOCIONAIS

Você quer alguém que partilhe seus sentimentos? Que resolva os seus problemas? Gosta de ser cuidado(a)? Como quer que seu par expresse suas irritações, frustrações e stress? E as alegrias e sucessos?



                                    HÁBITOS FINANCEIROS

Você economiza dinheiro? É esbanjador(a)? Gosta de apostar na bolsa ou prefere a caderneta de poupança? Prefere marcas conhecidas ou genéricas?





                                      CRENÇAS ESPIRITUAIS



Acredita em Deus? Vai à igreja com freqüência? Gosta de meditar? Prefere as descobertas da ciência?



                                         OBJETIVOS PROFISSIONAIS

É ambicioso(a)? Coloca a família na frente da carreira? Quer um emprego que exija viagens freqüentes?



                                              FAMÍLIA

Deseja ter filhos? Quem deve ser o responsável por cuidar deles? Quer ir à casa dos pais dela(dele) todo fim de semana?



                                       ESTILO DE VIDA

Gosta de viver em cidade grande ou pequena? Curte receber amigos? Adora viajar de repente? Prefere teatro, bar ou boate?

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